terça-feira, 6 de abril de 2010

UM ASSASSINO GENTIL

Logo após ter assassinado a Senhorita Lucy, Fabrizio Tosi saiu do quarto do pequeno hotel com uma maleta em uma das mãos e na outra uma garrafa de vinho e um cigarro entre os dedos, desceu as escadas com todo cuidado e passou como um vampiro furtivo pelas sombras das pequenas arvores nos vasos que estavam junto a parede. Saiu do hotel sem que ninguém o visse, olhou no relógio, eram 02h13min da manha entrou no seu carro e partiu.
Por volta de 08h00min ele chegou a seu destino, a Casa de D. Antonio Arturo. Logo no portão um homem negro de uns 2 metros já o esperava:

- Bom dia!
- Bom dia Sr. Tosi! Faz muito tempo que não o vejo.
- Faz muito tempo mesmo Agostino, como tem passado?
- Muito bem com a graça do senhor.
- Já disse para não envolver deus nesta vida que levamos...
- Tudo bem Sr... vamos D. Arturo está a sua espera.
- Vamos lá, estou morrendo de sono e quero acabar logo com isso.
Depois de estacionar o carro, os dois caminharam por um belo jardim antes de chegar à porta principal da casa, onde D. Arturo espera com um charuto na mão.
- Bom dia D. Arturo!
- Espero que seja realmente bom Sr. Tosi
- E foi aqui está à maleta com o dinheiro, o serviço foi feito.
- Agora você não fala mais italiano?
- Já andei tanto por este mundo que não tenho mais uma língua mãe.
- Dio não fala uma coisa assim Sr. Você não acha que esta na hora que firmar o corpo em apenas um lugar? Poderia trabalhar sempre comigo, o que acha?
- Fico muito feliz pela proposta D. Arturo, mas, devo recusá-la.
- Por quê?
- O Sr. Sabe que nunca gostei de ter patrão, além do mais os métodos e atividades das famílias não me agradam nem um pouco, paço desculpas pela recusa mas o Sr. Não é o primeiro a me fazer esta propostas e como as outras eu recusarei.
- O Sr. é um homem bom no que faz e também em suas atitudes perante as famílias. Então já que não terei o prazer de tê-lo ao me lado, vamos tratar dos negócios que são o motivo deste encontro.
- Aqui esta o dinheiro que Lucy roubou de seu filho.
- Acalme-se rapaz, vamos entrar.
- D. Arturo...tenho outro serviço para fazer e preciso dormir um pouco, aqui está seu dinheiro, adeus.
- O que esta fazendo Sr. Tosi? Que falta de respeito é esta? E tem mais, você não quer receber pelo trabalho?
- D. Arturo, perdoe minha falta de educação, mas eu realmente preciso ir, e sobre o meu pagamento, não precisa se preocupar fiz isso pelo Sr. Lucca Arturo seu filho que sempre foi um bom amigo, não quero dinheiro por ter matado a mulher que ele amava, só o fiz por que ele não conseguiria fazer isso.
- Agora eu entendo.
- Diga a Lucca que depois de amanha nos encontraremos no mesmo lugar de sempre ele me disse que tem outro trabalho. Fico deus D. Antonio Arturo.
- Vá com ele Sr. Tosi!

Fabrício Ferraz

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